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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Mito ou Ficção, os filhos mentem?


  Será que é mito acreditar que o filho nunca mente, ou é mesmo ficção?
  Há alguns anos li em jornal uma reportagem ou crônica que falava sobre este tema.
  O autor dizia que havia recebido um bilhete com comentários bem engraçados, de uma professora encantada com o seu trabalho e com mais de vinte anos de exercício da profissão no ensino fundamental em escolas particulares e do GDF. Conta ela que tem refletido muito sobre o relacionamento que a escola estabelece com os pais dos alunos, inspirada pelos comentários feitos na coluna desse jornal. A professora relata que depois de muito relutar e resistir, acabou concordando que os pais são chamados pelas escolas para solucionar situações problemáticas criadas pelos alunos que demandam atitudes que são da alçada dos professores. Ela observou nos contatos que teve com os pais que é de uma riqueza incrível e, vou aproveitar uma das frases que ela diz ouvir das mães quando se referem aos filhos: 'não, meu filho não mente. Nós temos uma relação muito sincera e aberta', a professora arremata, irônica: "eu sei".
  Realmente, esta professora sabe que essa tal relação aberta entre pais e filhos é uma ficção. Os filhos não conseguem dizer toda a verdade aos pais, contar tudo, mostrar-se como são longe das vistas deles, como se comportam diante dos amigos e das namoradas. Faz parte do processo de aquisição da sua independência o filho testar um ou outro jeito de ser quando não está com os pais. Por isso pequenas mentiras, omissões e dissimulações fazem parte do jogo. Normal. O duro é saber que a pais que acreditam piamente em tudo o que o filho diz. Mais: que , se o filho não se abre em relação a determinado assunto, é porque não existe nada a ser dito, porque não acontece nada.
  Senhores pais, é bom aceitar o fato de que o filho jamais será um livro aberto para vocês, por mais que vocês queiram. Afinal, a criança e o adolescente tem o direito de fazer as coisas do próprio jeito, de experimentar viver por conta própria com seus acertos e erros.
  Mas será que ter essa crença muda algo no comportamento dos pais na educação que praticam com seus filhos? Pode parecer que não, mas muda muita coisa.
  Em primeiro lugar, os pais que acham que podem confiar em tudo que o filho diz ou deixa de dizer, se acomoda com o que sabem e com o que não sabem - e deixam de praticar a tutela necessária até que o filho atinja a maturidade e a autonomia para se proteger de si mesmo, do grupo e doo ambiente , ter uma vida equilibrada e feliz.

  Um exemplo? Os pais de um garoto de quinze anos levaram o maior susto, quando foram surpreendidos por um telefonema da mãe de um amigo pedindo que fossem buscar o filho por que ele estava totalmente embriagado, alcoolizado. A surpresa dos pais veio do fato do menino estar acostumado a festas na casa de muitos amigos e colegas de escola. Na primeira vez, os pais perguntaram se iria haver bebida alcoólica: o menino respondeu - é claro, lógico que não. Os pais se aquetaram, acreditaram, mas se esqueceram de avisar ao filho de que ele não tinha idade para frequentar festas badaladas, regadas a álcool. Que pais, muito ingênuos acharam que podiam aceitar como fato verdadeiro a informação de que o filho tinha dado. E deu no que deu.
  Claro que os filhos, a partir dos sete anos, principalmente, inventam mentiras com o objetivo simples de garantir  que querem. Em geral, essas mentiras não prejudicam ninguém a não ser a eles mesmos, que ainda não sabem avaliar o tamanho do risco, que muitas vezes correm. Cabe aos pais checar determinadas situações para evitar surpresas desagradáveis e assumir o que os filhos ainda não tem condições de assumir.
  Antes os pais devem acompanhar os filhos até o local que haverá tais festas, comemorações, se  certificando do ambiente, se á responsáveis no local. 
  Em segundo lugar, os pais que se relacionam com os filhos com base nessa tal relação aberta e sem segredos submetem os jovens a conversas constrangedoras e invasivas. Como os pais que preocupados com a segurança e com saúde do filho perguntam se ele pratica o sexo e se usa preservativo. Os filhos precisam aprender o limite da intimidade. Só assim saberão proteger-se do olhar sempre atento dos outros e se preservar quando necessário.
  Não da para educar os filhos sem considerar que, a qualquer momento e de acordo com os interesses do momento, eles podem mentir, inventar, omitir e ter segredos. Mas é bom não exagerar na vigilância: Eles só alcançam a almejada maturidade arcando com o que fazem e dizem.



4 comentários :

  1. Dr ótimo artigo esse como os outros também. Os filhos mentem sim, afinal são imaturos, e imperfeitos assim como nós também somos imperfeitos e sujeitos a erros, mas tem muita mãe que não querem ver isso e acabam acreditando piamente em seus filhos e com isso acabam colocando eles em situação difíceis. Precisamos confiar desconfiando, afinal eles precisam de um voto de confiança.

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    1. Bom, acredito que os filhos omitem e mente sobre determinado assunto porque os pais não dão certa liberdade para eles se expressarem perante eles, sendo assim eles resolvem sozinho acabando chegar neste delito à mentira, devido à mãe reprimir a mentira acreditando em tudo que seu filho mostrar ser, tornando este vinculo em mera ficção.

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    2. Boa Tarde Crys, exatamente o motivo deste texto é alertar os pais que toda criança e adolescente um dia sempre mente, mas os pais devem procurar conquistar a confiança do filho para amenizar esse fato e poder ajuda-lo a ter uma vida com menos riscos.

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    3. Boa tarde Amanda, deve-se haver maior abertura entre os pais e os filhos para que se evite chegar a esses delitos, podendo ter uma confiança mutua.

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